Samba de Lara (Rafael Viana)
Abre os braços sobre mim que eu estou aqui
Cristo salve o nosso samba
Faz meu tamborim bater
Conforme bate o coração
Desse povo brasileiro
Abram alas que o meu canto vai passar
Tá no sangue, tá na raça
A vontade de cantar
Com a força de um pilar
Que sustenta toda a massa
Em 04 de novembro o meu samba
Apresentou sua voz
E o cenário mudou
E quem cantava lá no alto
Hoje desce e canta no asfalto
Tem sinhá e sinhô
Sob o Redentor
Não tem idade
Faz sambar da mocidade
Até o mor dos carnavais
Traz alegria
Me embala na melodia
E ameniza os meus “ais”
Canta esse samba menina
Desata esse nó da madeira
Faz meu verso mais bonito
Feito flor de laranjeira
Essa é a minha raiz
Meu chão, essa é minha cara
É cedro que não enverga
É samba, mas é de Lara
Quem sou eu...
Nascido a 03 de 0utubro de 1983 na cidade do Rio de Janeiro, comecei a estudar música com 7 anos de idade, inicialmente interessado em aprender a tocar guitarra e em estilos musicais como o Rock – nada muito pesado.
Acabei aprendendo apenas violão e aos 11 anos abandonei as aulas para gastar meu tempo de criança com coisas tais como futebol e brincadeiras na rua.
Aos 16 anos, no Colégio Naval em Angra dos Reis, onde cursei o então Ensino Médio, voltei a ter contato com a música participando dos Festivais Internos da Canção que aconteciam anualmente. Concorrendo como compositor, instrumentista e intérprete, nunca ganhei prêmio algum, mas me diverti bastante curtindo uma de “artista”, compondo e tocando já nessa altura, o cavaquinho.
Foi inclinado mais para o estilo pagodeiro de ser que aos poucos fui voltando à música, só que agora também como compositor, quando escrevi – letra e música – “União”, que expressa minha amizade pela família que se formara naquela instituição e que faria parte de meu 1º CD lançado 8 anos após (2009).
Bem, a carreira de jogador de futebol não deu certo (“ jogava muito bem até, mas não suportava treinar e muito menos acordar cedo”), assim como a de militar (como visto acima) e nem tampouco a de engenheiro de produção, carreira que não exerci, mesmo tendo concluído com êxito a faculdade na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
Em 2003, após abandonar a Escola Naval, onde estudei por 1 ano após vir de Angra, meu estilo musical já declinava mais para o samba e além do cavaquinho, voltei a estudar violão, porém, o de 7 cordas. Com a aptidão de compor, voltei a fazê-lo e quando já acumulava em torno de 30 composições (2007) pensei em registrar meu trabalho da maneira mais simples possível, gravando um CD no estúdio de meu amigo e antigo professor de violão, J. Magno. Com um ano de trabalho, as ideias foram mudando, os arranjos foram tomando uma roupagem mais aprumada e em 2009, o que seria apenas um registro, tornou-se um CD de fato e de direito, embora comercializado independentemente de gravadora.
A essa altura, já encontrava-me na condição de servidor público federal do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro dando a impressão a quem quer que fosse que não sabia realmente o que queria da vida diante de tantas mudanças de rumos profissionais (faltou dizer que também me formei guia de turismo), mas a partir dali, na verdade, já sabia muito bem o que buscava: conciliar a vida no serviço público com a iniciante carreira de músico (sambista para ser mais específico. E agora, convicto).
A influência musical pode estar em laços familiares já que sou sobrinho do músico Paulo Onça, que mesmo sendo de Manaus, emplacou o samba enredo do Salgueiro de 1998, “O Parintins, a Ilha do Boi-Bumbá”. Meu tio é compositor da escola de samba Vitória Régia de Manaus, onde já venceu 14 vezes a disputa.
Na expectativa de despertar o interesse de alguma gravadora ou de ter meu samba cantado por algum grande nome do gênero, eu que na condição de flamenguista e portelense, venho pedindo passagem como aliás, avisa meu CD intitulado “Novos Sambas Pedem Passagem”. E por falar em CD, já está no forno a segunda "bolacha" que trará, dentre outras coisas, uma bela homenagem ao Mestre Candeia a qual deverá dar nome ao disco que chega às ruas, provavelmente, no fim de 2010.
Brincadeiras à parte, esse é o meu primeiro disco, recém gravado, no qual você encontra Sambas de minha autoria que homenageiam grandes nomes como Noel Rosa, o grande violonista de 7 cordas Voltaire, pessoas queridas como Vanessa e Iara, a própria cidade do Rio de Janeiro e trazem um pouco de sonhos e claro, alguma malandragem, o que não poderia faltar. Com um baião, um samba-enredo e 9 sambas diversos, é assim que peço passagem:
1. Meu mal foi ser educado
2. Quem mais perdeu
3. Caia na roda
4. Jogos de azar
5. Cidade amor
6. Rosa do meu carnaval
7. Terra de Noel
8. Iara
9. Voltaire na roda
10. União
11. Vou beber desse Caneco
Em breve, mais fotos e vídeos!
Confira as fotos do show na Lona Cultural Gilberto Gil!
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